sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A VERDADE SOBRE A ENTREVISTA COLETIVA DE PAULO GARCIA ONTEM (17) A TARDE

O prefeito Paulo Garcia mentiu na entrevista coletiva que fez ontem a tarde e, curiosamente, omitiu a participação da promotora do Ministério Público estadual nas negociações entre o Comando de Greve e o Paço Municipal. No documento a que ele se referiu, assinado pela Secretaria de Educação, e não por ele, não atende todas as reivindicações da categoria. A começar pela exoneração da Secretaria de Educação, Neide Aparecida, que está a frente da secretaria e que já foi investigada e condenada por improbidade administrativa, quando ainda era presidente da COMURG. O que o prefeito chama de simples semântica, nas alterações propostas pelo Comando de Greve estão prazos claros para cumprimento e garantias. Na verdade, o documento trata mais de uma Carta de Intenções, e não de uma proposta oficial da prefeitura para atendimento das reivindicações dos trabalhadores da educação. Por isso, a greve continua. E o mais grave, na reunião do dia 15 de outubro, o Comando de Greve não fez nenhum tipo de pré-acordo, como ele citou. 

O Comando de Greve apresentou a pauta de 24 reivindicações e, na oportunidade, o prefeito discutiu ponto a ponto com os participantes da reunião, inclusive o Ministério Público, e ficou de enviar um documento contemplando todos os pontos que foram conversados na reunião. O documento que chegou não contemplava o que tinha sido conversado na reunião. Por isso, o Comando de Greve apresentou algumas observações de complementação e correção do texto. Tanto não era questão de semântica, que o Comando de Greve fez as alterações no texto e enviou para que o prefeito assinasse e, a contrapartida dele, do prefeito, foi convocar uma Entrevista Coletiva inesperada e encerrar a via de negociação, inclusive, ameaçando os trabalhadores da educação ao final da entrevista. 

O mais curioso de tudo isso é que tanto o prefeito, o chefe de gabinete Osmar Magalhães e a secretaria de Educação, Neide Aparecida são ex-sindicalistas do Partido dos Trabalhadores, que lutavam por melhorias na educação e, hoje, oprimem e desrespeitam os trabalhadores da educação. Vergonha para a nossa cidade.

13 comentários:

  1. Gostei muito da opinião de uma amiga do face e vou compartilhar com vocês Acho mesmo é que os professores poderiam deixar as disputas e o radicalismo de lado. O documento está aí e não dá pra ficarem tentando enganar ninguém com essa história de que não é timbrado e que não tem assinatura. O documento está aí! CONSIDERAÇÕES E PROPOSTAS, timbrado e assinado! Atendendo professores e administrativos. Vi um comentário num post de um professor chamado Carlos Simões que leu o documento e comemorou o sucesso das negociações! Logo após, alguém do comando de greve o convenceu de que ele não deveria acreditar naquele documento. Achei aquilo o fim! Qual é a verdadeira intenção de quem está liderando essa greve? Resolver ou radicalizar? Me lembra muito o velho do restelo - quanto pior melhor!

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  2. Realmente a greve chegou num momento crítico. Nenhum movimento dessa natureza está isento de um caráter político e diria mais – partidário. Nesse sentido há um temor muito grande da nossa parte de nos tornamos apenas “massa de manobra” de grupos que apenas querem chegar onde outros já chegaram.
    Retroceder não significa perder a batalha. Imagino que o correto seria voltar às escolas com a disposição de lançar mão da greve novamente caso o governo da cidade de Goiânia não cumpra o que foi acordado!!!
    Até a vitória!!!
    Fábio da Cunha
    E.M. “Marília Carneiro A. Dias”
    E.M. “Dom Fernando Gomes dos Santos”

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  3. Concordo com o retorno às aulas, seguido de vigilância dos prazos e do cumprimento das propostas, o face da SME publicou o documento, timbrado e assinado. Quem está mentindo? Quais são os reais interesses do sindicato? E mais, quem está por traz deste radicalismo?
    A cada dia inventam uma reinvidicação a mais, agora essa de exonerar a secretária, na minha opinião é ridícula. Quem será que querem como secretária (o)?

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  4. Nossa até que enfim pensei que estivesse sozinha nas minhas opiniões as mães tem muito medo de se expressar somos formadores de opiniões gente por favor essa Greve já deu o que tinha que dar a SME já publicou o documento timbrado e assinado, exonerar a secretária como vi hoje no Oloares a por favor pessoal né, cada coisa, concordo plenamente com o retorno as aulas.

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  5. Não existe nenhum documento assinado nem timbrado dado pelo prefeito, é uma pena que a sociedade não nos apoie, porque somos nós que dedicamos nossa vida pela educação dos seus filhos ficando com eles a mior parte do dia, muitos até nos maltratam, agindo com desrespeito, xingamentos etc.. e contamos com essa atitude dizendo que já deu o que deu essa greve... fico muito decepcionada! a GREVE TEM QUE CONTINUAR SIM, ATÉ QUE ALGO DE CONCRETO ACONTEÇA, é por isso que o Brasil está como está, o brasileiro está acostumado a não lutar até a vitória, e prefere entregar-se nas mãos de corruptos, mentirosos: os que estão nos oprimindo! VERGONHA! DECEPÇÃO, INDIGNAÇÃO!

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  6. Vejo a grande ação feita pelo comando de greve, mas infelizmente mais uma vez os administrativos da educação não foram contemplados de forma grandiosa. Não há nenhuma grande reivindicação nesse projeto final acordado junto ao prefeito. Infelizmente iremos continuar na situação caótica que vivemos e ainda desamparados por qualquer sindicato que seja.

    Mas mesmo assim, concordo que o trabalho foi grandioso !

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  7. http://www.opopular.com.br/editorias/cidades/prefeito-paulo-garcia-assina-documento-revisado-pelos-servidores-1.413115

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  8. Galera, observem o comentário do Professor Orley.:

    Orley José da Silva
    Meu contato com o prefeito Paulo Garcia até hoje resume-se a cumprimentos e palavras rápidas, como a que tivemos durante sua visita à escola Nova Conquista. Portanto, desconheço até que ponto suas palavras e acordos merecem confiança. Particularmente, até o início da greve, eu acreditava na seriedade de sua imagem e carregava a impressão de que ele merecesse crédito e que o problema dele era o PT. Na manhã de hoje, porém, ouvindo-o através da rádio Vinha, indignei-me e me decepcionei com o nosso prefeito. Por exemplo, discordei da veracidade de alguns pontos das suas afirmações acerca do histórico das negociações da Prefeitura com os trabalhadores da educação em greve. Isto porque acho-me inserido no processo de greve e venho acompanhando todas as movimentações, de ambos os lados. Uma das afirmações infundadas sobre encontro para negociação, inclusive, já havia sido reproduzida pelo Jornal Nacional, da TV Globo. Ele alegou intransigência da assembleia da categoria dos educadores porque se ateve às questões de semântica do texto. E ele defendeu o texto. Acontece que o texto é dúbio e pode levar a interpretação diferente daquela acordada na mesa de negociação. Por que o texto não foi escrito de maneira clara e objetiva, de forma condizente com o acordado? Por que foi dado ao texto o caráter "informal", sem data e assinatura do executivo? Analiso estas coisas como pertencentes à velha e desprezível estratégia de sabotagem e desmobilização. Sabotagem porque, quando não se é claro na formalização das propostas, pode-se depois negar os compromissos. De desmobilização porque passa-se para os menos informados a ideia de que as pendências foram resolvidas e a greve já não mais se justifica. Apesar dos esforços da SME, da Prefeitura e do SINTEGO, a greve é forte. (Tenho uma curiosidade e gostaria que o Ministério Público ou vereadores da oposição conferissem: quanto foi gasto de dinheiro público com as inserções de mensagens nas rádios, TVs e jornais durante o período de greve dos educadores? )O próprio secretário Osmar Magalhães admitiu hoje que 48% das escolas e cmeis estão fechados. É verdade que muitos colegas preferiram à greve de pijama no lugar do embate que se faz no campo da resistência política. Caso contrário, estaríamos ainda mais fortes e com mais cacifes para a negociação. Embora soubéssemos que nossa ingenuidade romântica e bem intencionada travaria uma batalha contra essa mentalidade rançosa e superada de sindicalismo, de velhas raposas, não imaginamos a profundidade dos lodaçais éticos e morais que deveríamos atravessar... Nossa luta não termina nesta greve, apenas passa por ela...

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  9. Me pronunciei contra a greve em minha escola antes da Assembleia que a decretou. Fui à assembleia para expressar meu voto (minoria vaiada naquele dia). No entanto, vivenciando alguns dos momentos do movimento percebo que esta é sim um greve histórica e diferente de todas as outras que vivenciei desde que entrei na rede em 2002. Concordo que temos que estar atentos a algumas pessoas que estão aparecendo nesse movimento. Conheço alguns que tem um discurso progressista, no entanto em sua prática, como profissional da educação, são totalmente descompromissados. Mas não podemos negar a maioria das pessoas que estão, de certa forma, carregando esse movimento nas costas, assumindo a ocupação e as negociações são pessoas com uma postura política muito bem definida e que realmente estão preocupados com o destino da nossa carreiro no magistério. Não estou tendo condições de ter uma participação mais efetiva, por problemas pessoais, mas juntamente com toda minha escola, estamos mantendo a paralisação e acreditando que é necessário sim exigir um documento concreto e sem superficialidade para que de fato possamos garantir nossos direitos nesse processo de reivindicação.

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  10. O documento assinado pelo prefeito e Neyde, e aqui postado, diz respeito ao documento que reescrevemos na quarta feira. Até aí nenhuma novidade. A questão é: o documento que foi reescrito foi protocolado no Paço? Se sim, favor postá-lo aqui para nós termos acesso. Até quando o prefeito se comprometeu a assinar o documento que reescrevemos? Marcos José

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  11. O que vejo é que as vezes nos perdemos naquilo que queremos. Se na reunião de 15/10/13 foram levadas 24 propostas ao Prefeito e a Neyde encaminhou a proposta faltando alguns itens do que ficou acordado, não vejo tempestade nisso! Ou seja, isso foi resolvido reescrevendo o documento e reenviando a ele, prefeito. Vivemos num Estado onde é praxe atropelar até leis, qto mais acordos. Mas creio que devemos ser mais sucintos naquilo que queremos.
    Agora é aguardar se o prefeito aceitará o documento que foi reescrito. Se aceitar, colocando sua assinatura, aí creio que terá um avanço. Marcos José

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  12. Em meu modo de ver a questão nem é confiar ou não nas palavras do Paulo Garcia.A questão é ter um documento assinado por ele. Isso não é o suficiente para a categoria?
    Se o texto não foi escrito da maneira como foi acordado, é indício de manobra... mas nós, operadores da ESCRITA, somos professores para isso mesmo: para contra-argumentar e isso foi o que fazemos na quarta feira: reescrevemos o documento vindo do governo. Portanto, o texto foi reescrito. Isso é natural numa queda de braço!
    Importante ressaltar que em momento algum sou advogado do prefeito! Longe disso. No entanto precisamos usar de nossas razões e pensar que um prefeito tem seus secretariados; ORA, a partir do momento que se escreve um texto, ele passa a ser formal; e o documento foi assinado pela secretária; se não cumprisse, poderia encaminhar o documento ao MP, o qual participou da reunião.
    Não vejo desmobilização nisso. O prefeito não consegue resolver todos os problemas e é por isso que ele secretários. Mas se queremos a assinatura do prefeito, parece que ele atendeu... ou não?
    Mas o fato de umas propostas não serem colocadas no papel, mesmo tendo sido discutidas, não significa sabotagem; salvo melhor juízo, significa que eles não concordaram e isso não significa que não podemos rediscutir a proposta deles (isso foi feito durante toda a quarta feira – 16/10/13)
    Em relação ao que foi gasto com mensagens nas rádios é simples: basta o interessado sentar de frente o PC e FORMALIZAR um documento e PROTOCOLÁ-LO no MP ou na câmara, exigindo a prestação de contas desses gastos. Algo tão simples de ser feito. É até gratuito; basta apenas iniciativa e coragem; eu assinaria esse documento. O grande problema nosso (professores) é que fomos educados numa ditadura e em função disso carregamos resquícios da mesma. Não fomos educados para fazer REPRESENTAÇÕES no MP, por exemplo. Preferimos o discurso informal.
    Uma professora, usando o computador, sem sair de casa, conseguiu fazer o promotor agir em relação ao difícil acesso. A questão não é ficar criticando esse ou aquele colega que preferiu o pijama. Greve é algo pessoal de cada pessoa; ninguém é obrigado a participar; na verdade não estamos, nesse país TUPINQUIM, a cumprir leis e depois criticamos os políticos; a lei de greve diz que 30% do serviço deve continuar. Reitero: não sou contra greve, mas se no Brasil fosse regulamentado o artigo da CF/88 acerca do direito de greve, com certeza o serviço público iria parar. Sem estar regulamentado já param, imagine regulamentando; temos que entender que a população também precisa do serviço público.

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  13. A questão é tão simples: basta prestarmos atenção na retrospectiva dos fatos. Vamos a eles (qualquer equívoco, faça as devidas correções):

    15/10/13 - Comando de greve se reúne com equipe da Prefeitura, com a presença da promotora. Nessa reunião o comando levou 24 itens, por escrito, os quais fazia parte da pauta de reivindicações;

    15/10/13- Quem levou o documento assinado pela Neyde ao plenário da câmara para os professores o avaliar? Resposta: os colegas que nos representaram na reunião de 15/10/13. Talvez tenha ocorrido uma falha deles quando recebeu esse documento, ou seja, esqueceram de verificar se tinha as assinaturas de quem eles queriam: prefeito. Mas o importante é que foi assinado por alguma autoridade (a Neyde - não somos juízes para adentrar ao mérito no caso de ficha suja).

    16/10/13: chegou no plenário da câmara um documento com os itens apresentados ao Prefeito, documento esse assinado pela Neyde (quer seja ficha suja ou limpa não vem o caso, pois quem tem a competência para exonerá-la é o prefeito; agora aqueles que estiverem indignados com ela no cargo - como eu estou,então se comprometam a assinar uma representação junto ao MP, solicitando sua retirada - eu faço a representação. Os indignados como eu, assinam?). Sou testemunha que ela assinou. Mas nesse blog, foi postado o documento também assinado pelo Prefeito. Afinal, que ciclo "vicioso" é esse? Contra documento não há argumentos, a menos que o comando de luta queira contestar as assinaturas e é um direito deles ou dizer que a assinatura ocorreu depois mas o fato é que foi assinado;

    16/10/13 : Esse documento foi distribuído aos professores e uma longa e cansativa discussão e reescrita (com apresentação de sugestões) se iniciou e por volta de 15:30h eis que um dos colegas que participou da reunião com Prefeito e MP, (na data de 15/10/13) pega o microfone e diz que os membros que havia participado da reunião de 15/10/13 havia feito uma reunião ali mesmo na câmara (em separado dos demais professores que estavam fazendo a análise do documento que jurávamos ser oficial) e chegaram à conclusão que aquele documento nada representava, pois não era oficial; nesse momento perguntamos se fora feita ATA na reunião de 15/10/13; disseram que sim; perguntamos também se aqueles itens constantes no documento enviado para nós e discutido em 16/10/13 eram itens que saiu da cabeça da Neyde e do Paulo ou eram itens que faziam parte da pauta de reivindicações dos professores? Responderam que os itens se referiam aos itens da pauta de reivindicações.
    Portanto meus nobres colegas, a sequencia do desenrolar dos FATOS está aí...... contra FATOS não há argumentos....

    Sem nenhum medo de errar e de ser criticado, mas o desenrolar dos FATOS prova que agimos de forma desleal em relação a esse documento; se faltaram alguns itens nesse documento assinado pela Neyde, não era motivo algum de polemizar como foi polemizado! Bastava complementá-lo e reenviar à SME, como foi feito. A contradição ficou nítida uma vez que esse documento que disseram ser não oficial, foi justamente o que foi usado para levar novamente ao prefeito na data de 18/10/13. Eu quero acreditar que................. Marcos José

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